A quimioterapia vermelha é mais forte?
A resposta é não! A coloração do medicamento não o classifica quanto a sua potência, ou seja, não o torna mais forte que os demais.
Os medicamentos de coloração vermelha pertencem a um grupo farmacológico chamado antraciclinas, sendo os quimioterápicos mais usados na terapêutica farmacológica, a Doxorrubicina e Epirrubicina. A presença do sufixo RUBI (vermelho) ao nome das moléculas é devido a característica dos compostos produzidos através do isolamento da espécie de bactérias Streptomyces (componente chamado aglicona).
Estes medicamentos são antibióticos antitumorais utilizados na base do tratamento para muitas neoplasias malignas, como o câncer de mama, tumores sólidos e leucemia.
Mesmo com a evolução da medicina e inúmeras melhorias no desenvolvimento das moléculas, bem como a vasta possibilidade no tratamento de suporte afim de reduzir as toxicidades promovidas por estes e outros quimioterápicos, a “quimioterapia vermelha” ainda é muito relacionada a sua alta toxicidade.
Em um cenário de grande desenvolvimento com tratamentos inovadores e modernos, essa classe de medicamento ainda é considerada uma das mais eficazes, e a substituição deste tratamento deve ser discutida de forma individualizada junto ao seu médico assistente.